quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pra mostrar que vale a pena.

"Escrever sobre minha experiência nem sempre foi fácil. Diferentes sentimentos, mas me faltam palavras, muitas vezes.. E estou pensando desde algum tempo por onde eu deveria começar a contar... E eu nao consigo começar! Deveria contar sobre os países que estive, os lugares que estive, as pessoas que conheci.


As pessoas que conheci deveriam ser listadas uma a uma. Com longas descrições de como elas foram importantes. Cada uma, em especial. Uma experiência rica em pessoas com certeza, essa é a minha experiência. Descrever a vida social e a imensa e enriquecedora possibilidade de fazer amigos pelo mundo todo. Vestir saree em um casamento muçulmano em Bangladesh e as ter mais atenção que a noiva ou ir a uma festa num clube Alemão com amigos colombianos. Cruzar a imigração na Inglaterra afirmando, que “sim”, eu tenho amigos que moram em Londres e em Singapura.


Mas eu não poderia deixar de contar sobre os lugares que visitei, sobre aquilo que eu vi. Sobre TUDO aquilo que eu vi.  Eu atualmente estou na Dinamarca, realizando meu segundo intercâmbio pela AIESEC e desde que sai do Brasil em dezembro do ano passado para meu intercâmbio em Bangladesh e eu ja estive em outros 10 países. Os lugares que estive teriam longas descrições, especialmente sobre cores. E com certeza, o azul do céu seria um capítulo especial. Tenha certeza que o céu da Tailandia é diferente do céu na Espanha.


Mais importante ainda seria poder falar sobre todas as diferencas culturais, suaves ou chocantes. Comer com as mãos na Índia depois de um tempo te faz pensar “pra que garfos mesmo?” depois de o apimentado asiático já nao se torna impossível e como comer feijoada em Portugal te faz sentir no Brasil.


Posso contar as vezes que disse tchau e chorei antes de partir ou que chorei ao ver alguém partir. Dizer tchau não é facil. Mas ainda acredito que seria melhor em contar como é bom reencontrar e manter contato. “See you soon” é sempre a melhor resposta para qualquer despedida. É a que encoraja a seguir em frente, cruzando com outras pessoas e mantendo esse ciclo viciante que é conhecer pessoas.


Descrever todas as dificuldades. E contar todas as vezes que eu quis voltar. Que eu apenas queria voltar. Que eu não aguentava mais. Que eu queria chorar e queria minha mãe. Porque às vezes não é facil... Porque eu acredito, que não existe lugar perfeito, todo lugar tem suas coisas boas e ruins. Existem dias melhores que outros. Existem noites mal-dormidas porque a saudades aperta. Mas é sempre como você faz a sua própria experiência e como superar.


10 meses não se resumem em uma lista de 10 melhores ou piores momentos. Foi difícil, da mesma maneira que foi incrível. A experiência vale a pena exatamente por isso. Quando te faltam palavras para contar e 4.635 fotos pra mostrar em cores, eu preciso repetir que são muitas cores".

Rafaela Grochewski

terça-feira, 13 de abril de 2010

Papo de bêbado: como se bebe cerveja na Krakovia?

Cerveja, cerveza, beer, bier, bière, birra, pivo, olut, sör, μπύρα, пиво, 啤酒… Seja qual for o idioma, um dos assuntos que qualquer intercambista domina depois de poucos dias de viagem é esse. Mas e aí, bebe-se igual nos quatro cantos do mundo? Cerveja é cerveja em qualquer lugar?


“Me vê uma gelada, chefia”

Esqueça o selo azul da Skol. Enquanto no Brasil, além da gelada, encontramos também a estúpida, em muitos outros países (especialmente Europa) a cerveja é servida quase quente. Mas o engracado é que as pessoas gostam de cerveja assim. Outro dia mesmo ofereci uma cerveja para uma polonesa, mas avisei de antemão que ela estava meio quente (a cerveja). Ela bebeu, olhou para mim, abriu um riso e disse que eu estava louco (em outras palavras,é claro). Ok, aprendizagem do dia: não oferecer mais cerveja estar quente é relativo.

Em busca dos tragos fortes
Na Finlândia claro que existe cerveja gelada (cerveja na temperatura ambiente = cerveja congelada). Mas se o que você busca é uma bebida porreta, teor alcoólico maior que 5%, não a procure em supermercados. Para tomar seu vinho tinto ou whiskey cawboy, procure uma loja chamada Alko. Culpa do governo (pensou que só no Brasil o governo tinha culpa de tudo?) e seu monopólio com bebidas mais fortes.

Na hora de comprar, não esqueca a Identidade o Passaporte
Vai para Bangladesh e quer beber seu trago? Se na Finlandia você não encontra vodka no mercado, aqui você não encontra bebida alguma. Artefatos alcoólicos só são vendidos em licoreras e é necessário mostrar seu passaporte para comprar. Nativos, não tentem nem entrar na loja.
Só mais um detalhe: prepare seu bolso (uma garrafa de Bacardi Apple sai por 2000 takas, por exemplo, o que significam 29 dólares).


Cerveja em PET
“Amigo, desce mais uma garrafa”
Pet ou de vidro? É, em alguns lugares do mundo nossa estimada loira vem envasada em um Pepão 2 litros. Ucrânia, Lituânia e Romênia são países que podemos encontrar facilmente as plastificadas. Por consequência, abandone o abridor de garrafas, você só precisa desenroscar.

Tá com calor? Ah, bebe que alivia!
No México e em outros países latinos (como Guatemala e Colombia), existe uma mescla doida de cerveja, sal, limão, pimenta, suco de tomate e molho inglês chamada Michelada. Se pedir um chili com carne para o almoço, não pense em pedir uma Michelada para o refresco.

Por que não misturar cerveja com… tequila?
Pode parecer idéia de bêbado, mas existe cerveja com tequila engarrafada diretamente de fábrica. Engana-se quem pensa que o borracho criativo foi um mexicano: a cerveja se chama Desperados e é produzida por Brasserie Fischer, uma cervejeria francesa.

A miscelânea guatemalteca
Você conhece as cervejas ali embaixo? É, na Guatemala também existe nossa brasileira BRAHMA, mas com uma leve encurtada nas duas pernas de seu M. Virou BRAHVA, já que lá BRAHMA significa, digamos, cadela no cio.
E esta garrafa delgadita e sinuosa, conhece? É, a Skol Beats sofreu mutação e virou Brahva Beats pelas terras maias também. Mas tudo bem, a AmBev deve saber o que faz.




Ps: Este post é dedicado a AIESEC Curitiba e todos seus membros. Na verdade, ele só foi possível graças a vocês, @CT!


Por Thiago Pizzolo, Intercambista brasileiro na Costa Rica (post retirado do blog biscoitossortidos.com)

domingo, 21 de março de 2010

Starting my 2nd month in Curitiba - thanks AIESEC


Abaixo, texto retirado do blog "Welcome to the Town of Reflection!" de Cyrus Mak, intercambista da AIESEC Hong Kong no Brasil - http://cyrusmakyiutung.blogspot.com/


15 March 2010.




This has been my fifth week in Curitiba. Works are getting more interesting and intense due to more responsibilities on my shoulder. But I like it !! haha. =P

Honestly speaking, working in Brazil is actually not much different than working in HK, professionally-wise. Here people work from 8:30-5:30pm or around 6pm. People are focused in delivering results and fortunately I was being immersed into similar environment before. I can still manage at this moment, thanks AIESEC. =)

I had, in one point of time, tried to be as workaholic as I was in HK, that is, working in the weekend. Luckily, I didn't do it and start to change this "bad" habit and learn to enjoy my weekend to relax and do what I want and am interested. Enjoying weekend becomes one of my learning goals here in Brazil. =P I believe this is a KPI in being a disciplined person! =P

I was having the first-time EB-trainee meeting in my AIESEC experience, a formal & serious one, to discuss different things from interns here and how to improve more! I don't have any comment but I just think I want to hang out with trainees and members !! haha. But, happy or not, I think my AIESEC time is coming again , just not being an EB. More and more engagements are foreseen already. But let's see how things are going and how I can manage ! hopefully bring more perspectives and excitement to the members there. =)

Culturally, as far as I observed, I think similar to many other countries, people talk more than walk in their promises. Or they are not keeping good progress tracking on what they need to do. Or they simply over-promise / under-estimate the tasks. This is purely my experience so far. Even there is a deadline set, same thing just happened. But of course, I need to keep this up on myself. =) This is what I learned, tried, practiced, improved, reflected, tried and then make as my habits when I was in AIESEC. Still a long way to go for sure but I am glad that these personal characters and attitudes are appreciated.

P.S. When your boss told you, "You have big responsibilities now. You need to be responsible for 2 KPIs (out of 5) in a department of 11 people. I count on you." What will you respond??  =)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Aprendi uma coisa muito importante com o meu intercâmbio...

Aprendi uma coisa muito importante com o meu intercâmbio: escutar o coração.

Sabe, quando passa pela nossa cabeça "que tal fazer um intercâmbio ano que vem?" vários motivos para não fazer pop na nossa frente:
"Ah, mas eu vou gastar dinheiro" "Ah, mas minha faculdade" "Ah, mas o meu estágio" "Ah, mas meus amigos, minha familia" "Ah, que medo".
Na frente de qualquer encruzilhada, se você pensa demais, você acaba indo pelo caminho mais fácil e continua na sua zona de conforto.
Vou contar para vocês como foi que decidi fazer intercâmbio.
Acordei, olhei para minha imagem no espelho e disse : "Nossa, é a minha hora de fazer intercâmbio, estou sentindo".
A principio meus pais foram meio apreensivos : "Mas Ligia, veja bem....você tem certeza?".

Eu ja sorria sozinha só de imaginar, chamei minha família para uma reunião e coloquei na mesa tudo o que eu estava sentindo e tudo o que eu esperava daquela experiência.
Meus pais viram em meus olhos a verdade em tudo o que eu estava falando e concordaram em ver o que dava.
Eu fiquei impressionada com a quantidade de oportunidades na plataforma da AIESEC. Por um momento queria me clonar várias vezes para fazer cada um daqueles intercâmbios.
Mas aí, apareceu. Recebi um e-mail com a vaga da China. Juro, foi amor a primeira vista. Me apaixonei no instante que terminei de ler o e-mail. Não me apliquei para mais nenhuma vaga, eu queria aquela e pronto. Eu senti com meu coração que aquela vaga era para mim.
Por isso hoje eu acredito que o coração muitas vezes é mais "racional" do que a cabeça. Os ventos me trouxeram aqui.

Não perca a oportunidade de ser feliz porque sua cabeça inventa milhares de desculpas para te manter na zona de conforto.


Por:
Ligia Rosenstein, Intercambista Brasileira na China.

:. Inscrições para Processo Seletivo da AIESEC em Curitiba são prorrogadas até quinta-feira 18 de março .:

As inscrições para o Processo Seletivo da AIESEC em Curitiba são prorrogadas até esta quinta-feira 18 de março. Para realizar sua inscrição basta entrar no site www.aiesec.org.br, na página de Curitiba. O candidato também precisa trazer seu currículo e uma foto 3X4, além de pagar uma taxa de R$10.
Nosso escritório se encontra no Campus do Jardim Botânico da UFPR, no 1º andar sala 122.
Para mais informações acesse o nosso site.

domingo, 7 de março de 2010

O que eu ando fazendo no Cazaquistao? (Mais um apanhado de Africa e AIESEC)

Ok…esse e um blog de viagem. Eu me aventuro por lugares nao muito convencionais, dou dicas, falo um pouco da cultura dos lugares por onde passo, mostro fotos, divulgo links interessantes. Mas nao sei se quem esta lendo o blog, tem muita ideia porque eu escrevo sobre viagem e porque deveriam parar para me escutar.
Ali, acima do titulo do blog, existem algumas caixinhas com algumas informacoes adicionais sobre mim e minhas viagens. Mas resumidamente, eu tenho um lista enorme de objetivos ( a maioria ligada a viagens e experiencias), por onde eu ja passei, e uma pagina falando sobre mim!
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Bom, Eu passei um ano na Africa. Morei no leste do continente, o que significa que tive muitas experiencias e muito mais informacao sobre o Kenya, Tanzania, Uganda, Etiopia, Somalia entre outros. Eu trabalho numa organizacao chamada AIESEC, que e uma das maioresorganizacoes estudantis do mundo (deem uma olhada no site se tiverem interesse em aprender mais sobre a Aiesec, na verdade, eu indico que qualquer universitario ou recem formado deem uma conferida e vejam as oportunidades que a Aiesec te oferece!) que oferece diversas oportunidades, tal qual viver num continente tido como “exotico” por um longo periodo de tempo.
Depois de passar 2009 na Africa, eu me mudei no inicio de janeiro para a Asia Central (Cazaquistao, Quirguistal, Uzbequistao, Tajiquistao, Afeganistao, Paquistao, Turcomenistao) de novo com a AIESEC, onde vou passar pelo menos 6 meses.
Meu objetivo com esse post e deixar a todos bem situados sobre o que eu ando fazendo por aqui.
Para comecar, eu estou morando no Cazaquistao, numa cidade chamada Ust-Kamenogorsk, que fica no leste do pais, proximo as divisas com Russia e China. (falarei mais da cidade num post futuro)
Apesar de eu ser da AIESEC, enquanto eu moro fora do Brasil, eu nao trabalho na organizacao propriamente dita. O que ela faz e conectar uma empresa que quer um trainee de fora, e um trainee que quer um experiencia internacional a esta empresa. E esse e exatamente o meu caso.
Entao, o que eu estou fazendo aqui? Quais sao suas reais atividades?
Oficialmente eu estou trabalhando numa compania de turismo chamada Izumrudny Altay. Eu sou o responsavel pela parte do marketing internacional. Minha funcao aqui e atrair turistas de outros paises para o Leste do Cazaquistao, oferecendo os servicos da nossa empresa.
A empresa possui diferentes opcoes: estacao de esqui (inverno); um “health spa”; um resort  com lago, jogos, hotel e mais opces de entretenimento (verao); trilhas e ecoturismo pelas lindas montahas e lagos da regiao; e viagens para caca e pesca.
Por sinal, eu posso utilizar toda a estrutura da empresa. Isso quer dizer que eu vou esquiar de graca; irei viajar, subir montanhas e ver lagos sem gastar nada; e irei cacar pelo menos uma vez (pode ate ser meio cruel, mas uma vez e para fazer parte da experiencia).
Extra-oficialmente eu estou ajudando a AIESEC daqui em diversas areas. Eu estou dando aulas de ingles e sobre cultura brasileira em duas escolas e em uma Universidade. E estou ajudando os times de TM, ICX e principalmente o de OGX (outgoing exchange) em varias atividades.
Tudo isso quer dizer que agora eu estou bem ocupado e cheio de atividades, e elas estao relacionadas principalmente a viagem e a experiencias culturais.
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Acho que agora fica mais facil entender porque tantos posts sobre cultura do Cazaquistao!


Por: Fábio Mesquita - Intercambista Brasileiro no Cazaquistão
(retirado do blog Be Free - http://fabiompalves.wordpress.com/)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Se inscreva através do blog!!!

Se você não estiver conseguindo acessar o site oficial da AIESEC, se inscreva por aqui!

terça-feira, 2 de março de 2010

Ele.

O post a seguir foi retirado do blog Descobertas Antevasinas (http://antevasina.wordpress.com) de Luíza Salmon - intercambista brasileira na Indonésia.
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Simplesmente ele

Por volta dos nove anos, não fala inglês, mas usa a linguagem universal do sorriso. E que sorisso.

Depois de passar quase o dia todo em função do meu visto para o Vietnam, aproveite que perto da embaixada tem um parque famoso para dar uma passeada.

É um parque bonito, cheio de orquídeas e alguns templos chineses.  Pessoas correm, alongam-se, cuidam do corpo. Mães passeiam com seus filhos bem arrumados.  Casais apaixonados namoram de mãos dadas. Amigos riem em toalhas coloridas de piquenique.

Tem um parquinho colorido logo em frente e eu chego perto timidamente. Lembro com nostalgia dos meus dias de criança, de ir ao Parque Barigui e do esforço do meu pai para eu perder o medo da bola, medo que nunca perdi.

Ele me dá um sorriso e me chama com suas maõzinhas pequenas e sujas. Vem aqui, vem aqui. Eu sorrio e vou. Conversamos com sorrisos mostro a minha camera e pergunto com minhas mãos se posso tirar uma foto daquele menino de pés descalços. Ele sorri e eu tiro a primeira.

Vem aqui, vem aqui

Ele faz sinal com a mão para eu ir ao escorregador e corre. Eu sigo. Ele pede para eu subir. Eu subo. Descemos quase juntos e sorrimos calmamente. A nostalgia volta a conversar comigo, em forma de uma saudade doce. Agora imagino meu irmão de cabelos loiros brincando no parquinho do nosso prédio. E penso se minha irmã está escorregando em algum lugar de Curitiba ou quem sabe Morretes.
Mas deixo as lembranças no lugar do coração que elas devem ficar e continuo a admirar meu novo amigo. Agora estamos na balança e quando meu pé vai para cima sinto que estou realmente voando nesse novo velho mundo que tento decifrar com calma e impaciência.

Aponto para mim e digo “Luíza”, aponto para ele. Ele diz “Iche” ou soa algo assim aos meus ouvidos brasileiros.  Meu amigo agora tem nome.

Iche aponta para o lago e corre eu corro também. Ele me mostra um enorme lagarto nadando rapidamente, aponta e diz “lagarto” (obviamente em tailândes, mas a minha memória e ouvido são fracos e não memorizam). Ele então aponta para a minha máquina como quem diz:

- Vai lá, vai lá, tira uma foto!

Tiro várias.

Agora ele corre em direção a um pequeno templo chinês vermelho. Aponta para minha câmera novamente e agora ele está dizendo que quer tirar uma foto minha e do meu amigo francês.
Decido seguir em frente e dizer adeus ao meu novo amigo. Sinto uma estranha saudade.

Mas para minha surpresa e alegria quando já estou fora do parque olho para o lado e lá está ele! Iche pega na minha mão fortemente e corre um pouco, até um pequeno lago onde tem mais lagartos. Ele ri alegremente.

Nos despedimos novamente e subo uma ponte. Quando estou descendo, vejo que logo atrás de mim lá está meu novo amigo de pés descalços.

Sinto um aperto no peito. Uma vontade de pegá-lo no  colo, perguntar porque ele não está na escola, se quer comprar sapatos e meu lábios sorriem, mas meu coração lacrimeja.

Vemos comida de rua, faço com as mãos “comer, comer, comer”. A dona da barraquinha fala inglês e peço para ela perguntar o que ele quer. Ele pede uns espetinhos e uma coca-cola. Foi um presente pequeno para a grande tarde que aquele menino majestal de roupa suja e sorriso sincero me proporcionou.

Agora quando olhar um escorregador tenho mais uma lembrança nostálgica:

Ele.



Por Luíza Salmon

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece...

O transito em Bangladesh é caótico, como na Índia. Talvez a diferença entre aqui e a Índia, é que aqui as ruas são mais estreitas que no país vizinho. Mas os congestionamentos são constantes. E quando eu digo constante, eu quero dizer toda hora! Dhaka vive num congestionamento que nunca vai acabar... Bangladesh como Índia dirigem em mão inglesa, o que faz com que eu sempre olhe para os ambos lados antes de atravessar a rua, porque eu sinto que nunca sei em que lado da rua estou! Além disso, aqui, menos que em Delhi, as pessoas buzinam, buzinam e buzinam. No Brasil, a gente da aquela "buzinadinha" quando quer chamar alguém, no inicio eu achava que toda Dhaka queria me avisar algo! Hoje, acho que nem me movo se alguém buzina...

Um dia comum no transito em Dhaka!

Se no Brasil existem os carros populares 1.0, (saudades do meu corsinha!) aqui essa linha não é comum. A maioria das pessoas que podem ter um carro, tem carros de luxo e com motorista e quem não tem ou é trainee usa os rickshaw e os CNGs para se locomover pela cidade!

Essa é a maneira mais fácil e barata de se locomover por aqui: moro em Baridhara DOHS e para ir até Gulshan 2 Circle, demora +/- 15 minutos, sem congestionamento de rickshaws, que também acontecem, e custa 20 takas. Óbvio, que o "motorista" sempre pede mais, mas como os trainees sabem o preço "real", as vezes é preciso ser mal-educada, deixar o dinheiro no banco e sair andando, porque sempre SEMPRE eles pedem mais takas: "Madam, madam, NOOOOOO! More!"

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece... mas agora, eu já perdi as contas!

Quando preciso de CNG, que sai contornando todos os carros e rickshaws, que sempre acho a maior aventura e que com certeza é o mais barulhento, (é como andar com o buggy do meu primo!) para ir até Gulshan 1 custa 80 takas. Normalmente, os motoristas pedem 100 ou 120 takas, ai é preciso barganhar até os 80, mas já teve uma vez, que um motorista pediu 3.000 takas. "THREE THOUSAND!" ele disse, mas ainda acho que ele confundiu "thousand" e "hundred"...

Aqui em Bangladesh são os CNGs, na Índia eu escutava mais pelo nome de Auto-Rickshaws!

O que as vezes é bem difícil porque os motoristas não falam inglês, e também as vezes não sabemos aonde fica exatamente o lugar que queremos ir. Agora junta alguém que não sabe onde esta com alguém que não entende para onde eu quero ir! Agora eu tenho uma ideia, (vaga, bem vaga) dos lugares em Dhaka e quando preciso ir para Banani, Gulshan 1 e 2, que sao os bairros próximos, eu sei como... mas ainda é bem pouco se for comparar com o tamanho que é Dhaka! O que eu sei falar em bangla, a língua local, é basicamente o que eu preciso dizer para o rickshaw:
dãne = vire a direita.
pãme = vire a esquerda.
êkane = aqui!
xôja = em frente.

Confesso que há 2 dias o pessoal do escritório tenta me ensinar "tudo bem?", "tudo bem!" e "tudo mal!", mas é impossível eu lembrar disso agora! Mas com o meu vocabulário-guie-seu-rickshaw por enquanto estou me virando... quem sabe daqui 6 meses, eu entenda o que acontece durante as sessões de brainstorming na agência!

Por: Rafaela Grochewski - Intercambista Brasileira em Bangladesh
(retirado do blog http://rafadesh.blogspot.com/)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O que intercâmbio tem a ver com liderança



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Jéssica Maris foi Diretora de Gestão de Talentos da AIESEC Curitiba em 2009 e agora faz seu intercâmbio na Turquia.  

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Hola Aiesecs!


Coppel - Evento anual da Diretoria


As coisas aqui em Culiacan andam muito bem. O trabalho é bem cansativo, porque trabalho quase 9h por dia na área de vendas, ou seja, e pé o dia inteiro, mas eu estou muito empolgada e quase maravilhada com essa oportunidade, porque realmente vou aprender muito trabalhando em quase todas as áreas da empresa, e ainda tenho a oportunidade de pedir para conhecer outros departamentos ou ficar mais em algum deles para conhecer melhor. Estou aqui para aprender sem ter a pressão de ter que dar grandes resultados, então realmente é uma coisa muito boa que vai mudar minha visão de trabalho e de como funciona uma empresa.

Eu estou fascinada em falar espanhol e conversar com as pessoas, gosto muito de aprender e me divirto com meus erros, minhas dificuldades, com tudo.

A vida aqui é bem tranquila porque a cidade é de interior, aqui para eles um lugar longe é 15 minutos, 20 minutos.

Estou dando aulas de português para um rapaz, estou me divertindo muito, para eles é muito dificil falar português. Esse rapaz AMA Curitiba, as poucas pessoas que conhecem Curitiba aqui acham Curitiba a cidade mais perfeita do mundo, só elogios.

Agora vou contar algumas coisas gerais da cidade:

HOMENS E SUAS TRADIÇÕES

Os homens aqui são bem machistas, dá para perceber isso em pequenas coisas como alguns valores da empresa em que eu trabalho, algumas piadas ou comentários que os homens fazem, coisas assim.

A traição dos maridos é outra coisa bem habitual, aceitável e comum. Aqui se tem uma frase que os homens usam que é mais ou menos assim: Que os homens tem uma Catedral e várias outras igrejas pela cidade - todos sabem que isso ocorre e não é nada muito discreto, as escondidas.

Por outro lado, as mulheres aqui tem vários privilégios, eu fui em uma balada ontem com umas amigas, chegamos e sem qualquer esforço fomos entrando sem bilhete e nos deixaram entrar simplesmente porque somo mulheres.


"Y TU VIVES SOLA?"

Gente, as pessoas aqui amam saber da vida das outras pessoas. Quando eu estou na rua, ou mercado, ou qualquer outro lugar e peço alguma ajuda a alguem, essa pessoa vai me perguntar de onde sou, com quem vivo, onde vivo, quanto tempo vou viver aqui, etc. No trabalho a mesma coisa, querem saber tudo, quanto ganho, com quem vivo, o que faço e não faço em casa... E muitas coisas mais.


Bem, tinha outras coisas pra dizer mas vou parando para não ficar tão grande...
Saudades de vocês.
Beijao, Ju


Por: Juliana Lago - Intercambista Brasileira no México

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Observações Sobre a Cultura Cazaque.


O país é mais desenvolvido do que qualquer um de vocês conseguem imaginar. Logicamente que a influência soviética é ainda forte aqui (especialmente nas construções, alimentação e idioma). E a imagem que o filme Borat passou do país, não ajudou nem um pouco.

Por sinal, o Cazaquistão não tem nada, absolutamente nada a ver com Borat. Então, tirem esse estereótipo idiota (mas engraçado) de suas cabeças!

  • Apesar do país ser o nono maior do mundo (o Brasil é o quinto), a população é de apenas 16 milhões.
  • O idioma mais usado é o Russo. Apesar da língua cazaque ser oficial.
  • O idioma cazaque vem do turco, e não do russo. Então apesar do cazaque utilizar o alfabeto cirílico (mesmo do russo), os idiomas são completamente diferentes.
  • O país tem belíssimas montanhas no leste, alguns incríveis rios e lagos. E em seu territórios está o Mar Aral (quase seco hoje) e o Mar Cáspio. Porém no geral o país é composto de esteppes, logo na maioria de seu território, ele parece uma tábua. Ele é reto e sem elevações. Um total nada. Sendo assim sua landscape pode ser extremamente chata.
  • O país tem muita mulher bonita. Já o mesmo não acontece com os homens.
  • A população é basicamente formada de cazaques (orientais altos) e russos (loiros e afins).
  • O esporte nacional é o Ice Hockey.
  • A influência russa é muito forte na cultura pop e alimentação.
  • As bebidas mais comuns aqui são: chá, café, suco, compote, cerveja e vodka.
  • Carne de cavalo é parte da cultura cazaque.
  • Restaurantes, cafés, baladas e bares são modernos e com opções de diversas cozinhas mundiais.
  • Eles também gostam de futebol.
  • Estrangeiros e turistas por aqui ainda são raridade.
  • Almaty é a maior e mais moderna cidade do país, com aproximadamente 2 milhões de habitantes. Situada no sudeste, e rodeada de montanhas e lagos. É uma cidade mais russa que cazaque.
  • Porém a capital é Astana. Sitauada no centro do país, ela possui 800 mil habitantes, e é uma cidade que cresce muito rápido, graças a altos investimentos do governo. Prédios altos e modernos são os destaques da cidade.
  • Viajar de trem é mais comum que qualquer outra forma de viagem.
  • Ainda há resquícios da União Soviética no modo das pessoas agirem por aqui.
  • O inverno é bastante rigoroso (neve e temperaturas de até -50) e o verão é bastante quente (temperaturas de até 45 graus positivos).
  • O trânsito é organizado. É até difícil comparar com o trânsito na África.
  • Os prédios e as casas são realmente feinhos e sem graça e feios por fora. Porém os apartamentos são bonitinhos e bem organizados. Os prédios não tem portaria alguma, e suas entradas são geralmente bem feias e velhas.
  • O país foi bastante impactado pela crise mundial.
  • Música eletrônica domina as festas e baladas.
  • Os jovens costumam se vestir muito bem. Até mesmo com neve e frio, mulheres usam saltos e saias.
  • As 4 estações do ano são bem definidas. Diferentemente do Brasil, o horario do nascer e por do sol variam muito durante o ano. Por exemplo, durante o verão o sol se põe as 10 da noite, e no inverno as 5:30 da tarde ja esta escuro.
  • A moeda local é o Tingue. 1R$ = 85Tg
  • O país possui um custo de vida menor que o do Brasil.
  • O povo parece bem conservador, e em especial os cazaques (orientais) valorizam muito o território (que foi forjado a partir de muitas batalhas e guerras).
  • O país não tem uma religião oficial, mas a maioria do povo ou é muçulmana (liberais) ou russa orotdoxa.


Bom, isso foi só um pouco das coisas que eu reparei por aqui. Não é um guia definitivo, e talvez contenha minha própria opinião sobre o lugar. Mas é um bom começo para entender como é este país interessante.


Por: Fábio Mesquita - Intercambista Brasileiro no Cazaquistão
(retirado do blog Be Free - http://fabiompalves.wordpress.com/)


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lifetime experience


Até agora, mais do que qualquer coisa, meu intercâmbio foi um CRESCIMENTO pessoal e profissional, eu sinto que o mundo é pequeno demais para quem tem força de vontade. O engraçado é que quando se faz um intercâmbio você não conhece apenas a cultura daquele país, mas todos os estrangeiros que passaram por ali. Aqui na China eu já falei, alemão, espanhol, chinês e cantonês. A AIESEC abre muitas portas, você não se sente sozinho nunca e as oportunidades aparecem na sua frente a todo momento. Antes de entrar para a AIESEC eu me sentia perdida e não sabia o que esperar do meu futuro, mais do que isso, eu não sabia o que fazer para causar algum impacto positivo no mundo. Hoje eu me sinto forte o suficiente para caminhar com as minhas próprias pernas na direção que eu bem entender e extrair das pessoas o que elas tem de melhor. Cada um deixa um pedaço de si nas pessoas que conhece e eu me sinto muito realizada em deixar uma influencia boa nos chineses curiosos que vem me perguntar sobre a AIESEC.
 
Não existe experiência mais enriquecedora profissionalmente do que um intercâmbio, afinal você é responsável por todos os seus atos e qualquer coisa que der errado você mesmo tem que dar um jeito de arrumar. Tive que aprender na marra como me planejar para uma viagem de negócios, como conversar com um chefe que não fala a mesma língua que a minha e como ter RESPONSABILIDADE.

Nunca pude imaginar que uma organização pudesse ser tão dinâmica e profissional como a AIESEC. Também não podia imaginar que tantas pessoas espalhadas pelo mundo inteiro pudessem pensar como eu. Eu via meu irmão mais velho amadurecer e ter tantas experiências fantásticas em um curto espaço de tempo que tive que "espiar" essa tal de AIESEC. Eu aprendi o que realmente importa para sobreviver em um mundo coorporativo e a frase que todos dizem quando conhecem alguém que trabalha na AIESEC é "nossa, mas você é tão jovem..." A minha experiência nessa plataforma internacional foi uma "lifetime experience" de apenas um ano. Desde que comecei a fazer parte desse grupo meus pais me dizem constantemente que sentem orgulho de mim e realmente sinto na pele o impacto positivo. Espalhar essa cultura ao redor do mundo me faz uma pessoa realizada, portanto eu só tenho a agradecer e dizer em troca: EU TENHO ORGULHO DE SER UMA AIESECER.

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Lígia Rosenstein, foi membro de External Relations, participou do Comitê Organizador do Encontro de Pais e Amigos da AIESEC e do PLAN e agora faz seu intercâmbio na China, pela AIESEC.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

So far, so good - First week in India

Minha vez de contar um pouquinho como vão as coisas do outro lado do mundo. =)

Já faz uma semana que cheguei em Ahmedabad (minha cidade), parece que faz muito mais pela quantidade de coisas que já aconteceram!!!

Começando pela viagem:

Foram praticamente 2 dias, saí quarta dia 20 e cheguei dia 22, passei umas 15 horas em aeroportos esperando vôo. Foi super cansativo, mas ir conhecendo novos lugares e pessoas indo deixando a viagem bem divertida.
Dois meninos da Aiesec foram me buscar (graças a Deus!!!), porque assim que passei pela saída do aeroporto, uma galera veio em cima querendo oferecer das mais diversas coisas. Quando estava começando a me desesperar, eles chegaram para me salvar!! hehehe

A casa:

Estou morando num apartamento bem grande, 3 andares. É legal por ser terraço, tem uma vista de bacana da cidade e fazem festa na laje todos os dias. hehe
No momento, estamos em 22 trainees nesse apartamento e tem mais 6 trainees num outro.
No início, o apto me pareceu meio velho, mas depois percebi que o problema é a sujeira e não a velhice! Tudo na Índia é meio sujo, é cultural !! =)
Fiquei boba de saber que a emprega vem todos os dias, pq parece que não fazem uma limpeza há alguns anos!! hehe Ela lava a louça e "varre" o chão, e pronto! Ontem fiquei feliz ao ver que ela estava passando um pano úmido no chão, mas depois vi que é a mesma coisa que nada.. hehe
Pelo menos dei uma ajeitada no meu quarto e banheiro, e agora está tudo ok.
Estou dividindo quarto com uma Katie da Nova Zelandia, e com a Tania da Russa, super fofas. O pessoal todo é mto gente boa e principalmente animado, tem gente do Canadá, México, Peru, China, Japão, Viet Nam, Polonia, Holanda, Turquia.. é uam loucura!!

Trabalho:

Comecei a trabalhar já na segunda, até agora fui só 2 dias para o escritório, um dia foi feriado e nos outros participei de uma conferência nacional sobre planejamento urbano aqui na Índia, dei mta sorte dela ser aqui em Ahm e de chegar a tempo de poder participar.
A organização é maior do que imaginava, está em quase todos os estados da Índia, e o escritório em que trabalho se destaca na área de planejamento urbano, logo a minha área. =)
Tem mais uma trainee que trabalha na mesma organização, ela é das Filipinas e se chama April May!! heheh

Adaptação:

Têm 2 coisas com as quais ainda não consegui me adaptar.
Primeiro com a comida, não adianta pedir sempre "no spicy", ela sempre vem apimentada! =) Não sei ainda qual é o tempero que não me agrada, mas parece que justamente este está presente em todas as comidas. =)
Já provei vários pratos daqui, mas até agora nenhum mto bom. Mas é questão de costume, todos aqui da casa disseram que as primeiras semanas foram difíceis mas que com o tempo acabam amando a comida. Por enquanto, estou cozinhando em casa, nunca fui tao saudável comendo tanta salada e fruta.
Segundo, o trânsito! Tinha uma idéia de como é, mas vivenciar é bem diferente. É uma loucura total, vc nao sabe quem é está no caminho certo ou na contra-mão, já tentei entender qual o motivo de tanta buzina, mas depois de pegar um rickshaw (tok-tok como chamam na novela) e o cara não parava de buzinar mesmo com a rua vazia, cheguei a conclusão que não existe explicação, apenas buzinam.
Sem contar com o sotaque dos indianos, mas tudo bem.

Coisas curiosas:

1) me perdi no primeiro dia, ír ao mercado e não sabia mais voltar para casa! Pensei que estava com o endereço na bolsa, mas não! Foi desesperador qndo me dei conta, aí lembrei que poderia acessar uma internet e ver o endereço, mas nem foi necessário, achei o prédio antes =)
2) a cidade é vegetariana, ou seja, comer qualquer tipo de carne vai ser mais dificil que qualquer outra cidade da Índia;
3) É proibido bebida alcólica neste estado, mas estrangeiros podem comprar, com alguma dificulda mas podem comprar.
4) Já usei um banheiro indiano e gostei!! Antes de vir ficando imaginando como seria, se me adaptaria. Achei graça até quando vi fila para usarem banho estilo indiano enquanto havia banho estilo europeu (como eles chamam, banheiro com privada) vazio.
5) ser estrangeiro aqui é como ser celebridade, porém as coisas pioram quando vc se "parece" com uma. As pessoas acham que sou Katrina Kaif, uma atriz bem famosa daqui, vários me pararam para pedir autógrafos, acreditam?!?! Absurdo!! É mto estranho andar nas ruas e todos te olharem, convidarem para comer algo ou até mesmo seguirem um trecho. Até agora não tive problema com assédio, eles gostam de olhar mesmo, no início estava bem assustada mas agora já está melhor. =)

Gente, vou parando por aqui.

Queria dar um hello, dizer que está tudo bem!

Saudades!!

Beijos
Jana
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Janaína Bino, entrou na AIESEC Curitiba em 2008. Foi Coordenadora de Seleção e Induction e agora está na Índia fazendo intercâmbio pela AIESEC.