domingo, 28 de fevereiro de 2010

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece...

O transito em Bangladesh é caótico, como na Índia. Talvez a diferença entre aqui e a Índia, é que aqui as ruas são mais estreitas que no país vizinho. Mas os congestionamentos são constantes. E quando eu digo constante, eu quero dizer toda hora! Dhaka vive num congestionamento que nunca vai acabar... Bangladesh como Índia dirigem em mão inglesa, o que faz com que eu sempre olhe para os ambos lados antes de atravessar a rua, porque eu sinto que nunca sei em que lado da rua estou! Além disso, aqui, menos que em Delhi, as pessoas buzinam, buzinam e buzinam. No Brasil, a gente da aquela "buzinadinha" quando quer chamar alguém, no inicio eu achava que toda Dhaka queria me avisar algo! Hoje, acho que nem me movo se alguém buzina...

Um dia comum no transito em Dhaka!

Se no Brasil existem os carros populares 1.0, (saudades do meu corsinha!) aqui essa linha não é comum. A maioria das pessoas que podem ter um carro, tem carros de luxo e com motorista e quem não tem ou é trainee usa os rickshaw e os CNGs para se locomover pela cidade!

Essa é a maneira mais fácil e barata de se locomover por aqui: moro em Baridhara DOHS e para ir até Gulshan 2 Circle, demora +/- 15 minutos, sem congestionamento de rickshaws, que também acontecem, e custa 20 takas. Óbvio, que o "motorista" sempre pede mais, mas como os trainees sabem o preço "real", as vezes é preciso ser mal-educada, deixar o dinheiro no banco e sair andando, porque sempre SEMPRE eles pedem mais takas: "Madam, madam, NOOOOOO! More!"

O primeiro rickshaw a gente nunca esquece... mas agora, eu já perdi as contas!

Quando preciso de CNG, que sai contornando todos os carros e rickshaws, que sempre acho a maior aventura e que com certeza é o mais barulhento, (é como andar com o buggy do meu primo!) para ir até Gulshan 1 custa 80 takas. Normalmente, os motoristas pedem 100 ou 120 takas, ai é preciso barganhar até os 80, mas já teve uma vez, que um motorista pediu 3.000 takas. "THREE THOUSAND!" ele disse, mas ainda acho que ele confundiu "thousand" e "hundred"...

Aqui em Bangladesh são os CNGs, na Índia eu escutava mais pelo nome de Auto-Rickshaws!

O que as vezes é bem difícil porque os motoristas não falam inglês, e também as vezes não sabemos aonde fica exatamente o lugar que queremos ir. Agora junta alguém que não sabe onde esta com alguém que não entende para onde eu quero ir! Agora eu tenho uma ideia, (vaga, bem vaga) dos lugares em Dhaka e quando preciso ir para Banani, Gulshan 1 e 2, que sao os bairros próximos, eu sei como... mas ainda é bem pouco se for comparar com o tamanho que é Dhaka! O que eu sei falar em bangla, a língua local, é basicamente o que eu preciso dizer para o rickshaw:
dãne = vire a direita.
pãme = vire a esquerda.
êkane = aqui!
xôja = em frente.

Confesso que há 2 dias o pessoal do escritório tenta me ensinar "tudo bem?", "tudo bem!" e "tudo mal!", mas é impossível eu lembrar disso agora! Mas com o meu vocabulário-guie-seu-rickshaw por enquanto estou me virando... quem sabe daqui 6 meses, eu entenda o que acontece durante as sessões de brainstorming na agência!

Por: Rafaela Grochewski - Intercambista Brasileira em Bangladesh
(retirado do blog http://rafadesh.blogspot.com/)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O que intercâmbio tem a ver com liderança



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Jéssica Maris foi Diretora de Gestão de Talentos da AIESEC Curitiba em 2009 e agora faz seu intercâmbio na Turquia.  

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Hola Aiesecs!


Coppel - Evento anual da Diretoria


As coisas aqui em Culiacan andam muito bem. O trabalho é bem cansativo, porque trabalho quase 9h por dia na área de vendas, ou seja, e pé o dia inteiro, mas eu estou muito empolgada e quase maravilhada com essa oportunidade, porque realmente vou aprender muito trabalhando em quase todas as áreas da empresa, e ainda tenho a oportunidade de pedir para conhecer outros departamentos ou ficar mais em algum deles para conhecer melhor. Estou aqui para aprender sem ter a pressão de ter que dar grandes resultados, então realmente é uma coisa muito boa que vai mudar minha visão de trabalho e de como funciona uma empresa.

Eu estou fascinada em falar espanhol e conversar com as pessoas, gosto muito de aprender e me divirto com meus erros, minhas dificuldades, com tudo.

A vida aqui é bem tranquila porque a cidade é de interior, aqui para eles um lugar longe é 15 minutos, 20 minutos.

Estou dando aulas de português para um rapaz, estou me divertindo muito, para eles é muito dificil falar português. Esse rapaz AMA Curitiba, as poucas pessoas que conhecem Curitiba aqui acham Curitiba a cidade mais perfeita do mundo, só elogios.

Agora vou contar algumas coisas gerais da cidade:

HOMENS E SUAS TRADIÇÕES

Os homens aqui são bem machistas, dá para perceber isso em pequenas coisas como alguns valores da empresa em que eu trabalho, algumas piadas ou comentários que os homens fazem, coisas assim.

A traição dos maridos é outra coisa bem habitual, aceitável e comum. Aqui se tem uma frase que os homens usam que é mais ou menos assim: Que os homens tem uma Catedral e várias outras igrejas pela cidade - todos sabem que isso ocorre e não é nada muito discreto, as escondidas.

Por outro lado, as mulheres aqui tem vários privilégios, eu fui em uma balada ontem com umas amigas, chegamos e sem qualquer esforço fomos entrando sem bilhete e nos deixaram entrar simplesmente porque somo mulheres.


"Y TU VIVES SOLA?"

Gente, as pessoas aqui amam saber da vida das outras pessoas. Quando eu estou na rua, ou mercado, ou qualquer outro lugar e peço alguma ajuda a alguem, essa pessoa vai me perguntar de onde sou, com quem vivo, onde vivo, quanto tempo vou viver aqui, etc. No trabalho a mesma coisa, querem saber tudo, quanto ganho, com quem vivo, o que faço e não faço em casa... E muitas coisas mais.


Bem, tinha outras coisas pra dizer mas vou parando para não ficar tão grande...
Saudades de vocês.
Beijao, Ju


Por: Juliana Lago - Intercambista Brasileira no México

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Observações Sobre a Cultura Cazaque.


O país é mais desenvolvido do que qualquer um de vocês conseguem imaginar. Logicamente que a influência soviética é ainda forte aqui (especialmente nas construções, alimentação e idioma). E a imagem que o filme Borat passou do país, não ajudou nem um pouco.

Por sinal, o Cazaquistão não tem nada, absolutamente nada a ver com Borat. Então, tirem esse estereótipo idiota (mas engraçado) de suas cabeças!

  • Apesar do país ser o nono maior do mundo (o Brasil é o quinto), a população é de apenas 16 milhões.
  • O idioma mais usado é o Russo. Apesar da língua cazaque ser oficial.
  • O idioma cazaque vem do turco, e não do russo. Então apesar do cazaque utilizar o alfabeto cirílico (mesmo do russo), os idiomas são completamente diferentes.
  • O país tem belíssimas montanhas no leste, alguns incríveis rios e lagos. E em seu territórios está o Mar Aral (quase seco hoje) e o Mar Cáspio. Porém no geral o país é composto de esteppes, logo na maioria de seu território, ele parece uma tábua. Ele é reto e sem elevações. Um total nada. Sendo assim sua landscape pode ser extremamente chata.
  • O país tem muita mulher bonita. Já o mesmo não acontece com os homens.
  • A população é basicamente formada de cazaques (orientais altos) e russos (loiros e afins).
  • O esporte nacional é o Ice Hockey.
  • A influência russa é muito forte na cultura pop e alimentação.
  • As bebidas mais comuns aqui são: chá, café, suco, compote, cerveja e vodka.
  • Carne de cavalo é parte da cultura cazaque.
  • Restaurantes, cafés, baladas e bares são modernos e com opções de diversas cozinhas mundiais.
  • Eles também gostam de futebol.
  • Estrangeiros e turistas por aqui ainda são raridade.
  • Almaty é a maior e mais moderna cidade do país, com aproximadamente 2 milhões de habitantes. Situada no sudeste, e rodeada de montanhas e lagos. É uma cidade mais russa que cazaque.
  • Porém a capital é Astana. Sitauada no centro do país, ela possui 800 mil habitantes, e é uma cidade que cresce muito rápido, graças a altos investimentos do governo. Prédios altos e modernos são os destaques da cidade.
  • Viajar de trem é mais comum que qualquer outra forma de viagem.
  • Ainda há resquícios da União Soviética no modo das pessoas agirem por aqui.
  • O inverno é bastante rigoroso (neve e temperaturas de até -50) e o verão é bastante quente (temperaturas de até 45 graus positivos).
  • O trânsito é organizado. É até difícil comparar com o trânsito na África.
  • Os prédios e as casas são realmente feinhos e sem graça e feios por fora. Porém os apartamentos são bonitinhos e bem organizados. Os prédios não tem portaria alguma, e suas entradas são geralmente bem feias e velhas.
  • O país foi bastante impactado pela crise mundial.
  • Música eletrônica domina as festas e baladas.
  • Os jovens costumam se vestir muito bem. Até mesmo com neve e frio, mulheres usam saltos e saias.
  • As 4 estações do ano são bem definidas. Diferentemente do Brasil, o horario do nascer e por do sol variam muito durante o ano. Por exemplo, durante o verão o sol se põe as 10 da noite, e no inverno as 5:30 da tarde ja esta escuro.
  • A moeda local é o Tingue. 1R$ = 85Tg
  • O país possui um custo de vida menor que o do Brasil.
  • O povo parece bem conservador, e em especial os cazaques (orientais) valorizam muito o território (que foi forjado a partir de muitas batalhas e guerras).
  • O país não tem uma religião oficial, mas a maioria do povo ou é muçulmana (liberais) ou russa orotdoxa.


Bom, isso foi só um pouco das coisas que eu reparei por aqui. Não é um guia definitivo, e talvez contenha minha própria opinião sobre o lugar. Mas é um bom começo para entender como é este país interessante.


Por: Fábio Mesquita - Intercambista Brasileiro no Cazaquistão
(retirado do blog Be Free - http://fabiompalves.wordpress.com/)


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lifetime experience


Até agora, mais do que qualquer coisa, meu intercâmbio foi um CRESCIMENTO pessoal e profissional, eu sinto que o mundo é pequeno demais para quem tem força de vontade. O engraçado é que quando se faz um intercâmbio você não conhece apenas a cultura daquele país, mas todos os estrangeiros que passaram por ali. Aqui na China eu já falei, alemão, espanhol, chinês e cantonês. A AIESEC abre muitas portas, você não se sente sozinho nunca e as oportunidades aparecem na sua frente a todo momento. Antes de entrar para a AIESEC eu me sentia perdida e não sabia o que esperar do meu futuro, mais do que isso, eu não sabia o que fazer para causar algum impacto positivo no mundo. Hoje eu me sinto forte o suficiente para caminhar com as minhas próprias pernas na direção que eu bem entender e extrair das pessoas o que elas tem de melhor. Cada um deixa um pedaço de si nas pessoas que conhece e eu me sinto muito realizada em deixar uma influencia boa nos chineses curiosos que vem me perguntar sobre a AIESEC.
 
Não existe experiência mais enriquecedora profissionalmente do que um intercâmbio, afinal você é responsável por todos os seus atos e qualquer coisa que der errado você mesmo tem que dar um jeito de arrumar. Tive que aprender na marra como me planejar para uma viagem de negócios, como conversar com um chefe que não fala a mesma língua que a minha e como ter RESPONSABILIDADE.

Nunca pude imaginar que uma organização pudesse ser tão dinâmica e profissional como a AIESEC. Também não podia imaginar que tantas pessoas espalhadas pelo mundo inteiro pudessem pensar como eu. Eu via meu irmão mais velho amadurecer e ter tantas experiências fantásticas em um curto espaço de tempo que tive que "espiar" essa tal de AIESEC. Eu aprendi o que realmente importa para sobreviver em um mundo coorporativo e a frase que todos dizem quando conhecem alguém que trabalha na AIESEC é "nossa, mas você é tão jovem..." A minha experiência nessa plataforma internacional foi uma "lifetime experience" de apenas um ano. Desde que comecei a fazer parte desse grupo meus pais me dizem constantemente que sentem orgulho de mim e realmente sinto na pele o impacto positivo. Espalhar essa cultura ao redor do mundo me faz uma pessoa realizada, portanto eu só tenho a agradecer e dizer em troca: EU TENHO ORGULHO DE SER UMA AIESECER.

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Lígia Rosenstein, foi membro de External Relations, participou do Comitê Organizador do Encontro de Pais e Amigos da AIESEC e do PLAN e agora faz seu intercâmbio na China, pela AIESEC.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

So far, so good - First week in India

Minha vez de contar um pouquinho como vão as coisas do outro lado do mundo. =)

Já faz uma semana que cheguei em Ahmedabad (minha cidade), parece que faz muito mais pela quantidade de coisas que já aconteceram!!!

Começando pela viagem:

Foram praticamente 2 dias, saí quarta dia 20 e cheguei dia 22, passei umas 15 horas em aeroportos esperando vôo. Foi super cansativo, mas ir conhecendo novos lugares e pessoas indo deixando a viagem bem divertida.
Dois meninos da Aiesec foram me buscar (graças a Deus!!!), porque assim que passei pela saída do aeroporto, uma galera veio em cima querendo oferecer das mais diversas coisas. Quando estava começando a me desesperar, eles chegaram para me salvar!! hehehe

A casa:

Estou morando num apartamento bem grande, 3 andares. É legal por ser terraço, tem uma vista de bacana da cidade e fazem festa na laje todos os dias. hehe
No momento, estamos em 22 trainees nesse apartamento e tem mais 6 trainees num outro.
No início, o apto me pareceu meio velho, mas depois percebi que o problema é a sujeira e não a velhice! Tudo na Índia é meio sujo, é cultural !! =)
Fiquei boba de saber que a emprega vem todos os dias, pq parece que não fazem uma limpeza há alguns anos!! hehe Ela lava a louça e "varre" o chão, e pronto! Ontem fiquei feliz ao ver que ela estava passando um pano úmido no chão, mas depois vi que é a mesma coisa que nada.. hehe
Pelo menos dei uma ajeitada no meu quarto e banheiro, e agora está tudo ok.
Estou dividindo quarto com uma Katie da Nova Zelandia, e com a Tania da Russa, super fofas. O pessoal todo é mto gente boa e principalmente animado, tem gente do Canadá, México, Peru, China, Japão, Viet Nam, Polonia, Holanda, Turquia.. é uam loucura!!

Trabalho:

Comecei a trabalhar já na segunda, até agora fui só 2 dias para o escritório, um dia foi feriado e nos outros participei de uma conferência nacional sobre planejamento urbano aqui na Índia, dei mta sorte dela ser aqui em Ahm e de chegar a tempo de poder participar.
A organização é maior do que imaginava, está em quase todos os estados da Índia, e o escritório em que trabalho se destaca na área de planejamento urbano, logo a minha área. =)
Tem mais uma trainee que trabalha na mesma organização, ela é das Filipinas e se chama April May!! heheh

Adaptação:

Têm 2 coisas com as quais ainda não consegui me adaptar.
Primeiro com a comida, não adianta pedir sempre "no spicy", ela sempre vem apimentada! =) Não sei ainda qual é o tempero que não me agrada, mas parece que justamente este está presente em todas as comidas. =)
Já provei vários pratos daqui, mas até agora nenhum mto bom. Mas é questão de costume, todos aqui da casa disseram que as primeiras semanas foram difíceis mas que com o tempo acabam amando a comida. Por enquanto, estou cozinhando em casa, nunca fui tao saudável comendo tanta salada e fruta.
Segundo, o trânsito! Tinha uma idéia de como é, mas vivenciar é bem diferente. É uma loucura total, vc nao sabe quem é está no caminho certo ou na contra-mão, já tentei entender qual o motivo de tanta buzina, mas depois de pegar um rickshaw (tok-tok como chamam na novela) e o cara não parava de buzinar mesmo com a rua vazia, cheguei a conclusão que não existe explicação, apenas buzinam.
Sem contar com o sotaque dos indianos, mas tudo bem.

Coisas curiosas:

1) me perdi no primeiro dia, ír ao mercado e não sabia mais voltar para casa! Pensei que estava com o endereço na bolsa, mas não! Foi desesperador qndo me dei conta, aí lembrei que poderia acessar uma internet e ver o endereço, mas nem foi necessário, achei o prédio antes =)
2) a cidade é vegetariana, ou seja, comer qualquer tipo de carne vai ser mais dificil que qualquer outra cidade da Índia;
3) É proibido bebida alcólica neste estado, mas estrangeiros podem comprar, com alguma dificulda mas podem comprar.
4) Já usei um banheiro indiano e gostei!! Antes de vir ficando imaginando como seria, se me adaptaria. Achei graça até quando vi fila para usarem banho estilo indiano enquanto havia banho estilo europeu (como eles chamam, banheiro com privada) vazio.
5) ser estrangeiro aqui é como ser celebridade, porém as coisas pioram quando vc se "parece" com uma. As pessoas acham que sou Katrina Kaif, uma atriz bem famosa daqui, vários me pararam para pedir autógrafos, acreditam?!?! Absurdo!! É mto estranho andar nas ruas e todos te olharem, convidarem para comer algo ou até mesmo seguirem um trecho. Até agora não tive problema com assédio, eles gostam de olhar mesmo, no início estava bem assustada mas agora já está melhor. =)

Gente, vou parando por aqui.

Queria dar um hello, dizer que está tudo bem!

Saudades!!

Beijos
Jana
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Janaína Bino, entrou na AIESEC Curitiba em 2008. Foi Coordenadora de Seleção e Induction e agora está na Índia fazendo intercâmbio pela AIESEC.